segunda-feira, 31 de julho de 2017

Madalena Cordeiro Autobiografia * Madalena Cordeiro - ES

AUTOBIOGRAFIA:



Sou Madalena Alves Cordeiro da Rocha, nasci aos 17 de setembro de 1956. Idade: 60 anos. Local do nascimento: Afonso Cláudio Estado do Espírito Santo. País: Brasil. Profissão: Costureira-Aposentada. Sou a segunda filha, dos sete filhos de meu pai e minha mãe. Meu pai: Moisés Alves Cordeiro Analfabeto, agricultor. Repentista. 

Os versos vinham na hora e cantávamos juntos enquanto trabalhávamos nos becos de café, ou, em qualquer outra atividade na lavoura. Escrever hoje, é a realização de um sonho desde a infância. Mãe: Maria da Silva Cordeiro ( in memória 1930-1986. Minha mãe cursou até a 3º série primária e ensinou meu pai assinar o seu nome. Meu pai ainda vive, em 07 de junho de 2017 ele completou 89 anos. 

Uma família simples e humilde, agricultores. Meus pais mesmo sem estudos, nos ensinou tudo certo. Ética, valorizar a família respeitar os outros e ter fé em Deus. Minha mãe, um dia saiu e foi em uma Escola particular Adventista do Sétimo Dia, sem ter nem um centavo. Chegando lá, conversou com o Professor Lourival Lourenço Storh. E disse: Minhas filhas "Eu e minha irmã, Floriana A. Cordeiro", estão na época de estudar a 1ª série e eu não tenho com quê pagar. Por favor! Deixa elas estudarem aqui. Se tiver algum serviço na sua casa eu posso estar ajudando a sua esposa. Na hora do recreio o Sr pode dar serviços as minhas filhas também. Então aquele professor piedoso disse: Manda as tuas filhas para à Escola e não vou cobrar nada. Fizemos a 1ª a 2ª e a 3ª série primária ali, nesta escola particular, sem pagar nem um centavo. Escola Adventista Do Sétimo Dia. Em 1968 cursei a 4ª série primária, aos 12 anos. "Escola Singular Fazenda Delbone". Uma professora D. Elvira Luiza Deorce, contratada pelo fazendeiro o Sr Samuel Delbone, para as crianças dos colonos. Algumas crianças iria começar e eu terminar, concluindo a 4ª série. Nessa época, fomos fazer uma viagem escolar e lá teve várias brincadeiras. Jogo de futebol, corrida etc. Também teve competição. Quem corresse de uma trave à outra enfiando uma linha na agulha e correr com um ovo na colher, sem que o ovo caísse ganharia dois cortes de tecidos. Eu corri e ganhei! Nesse mesmo ano 1968, fiz a minha 1ª poesia homenageando as mães, principalmente a minha mãe. Título: "Duas Mães" está no meu livro O SOL E A LUA. 

Comecei a trabalhar ainda criança, ajudando meus pais em tudo. Buscava lenha para ascender forno e fogão e assim fazer comidas. A lenha também servia para fazer sabão. Buscava cinzas na olaria, colocava em uma lata furada com pregos e socava até ficar bem firme; então ia colocando água até pingar um líquido preto chamado ( dicuda). Minha mãe colocava aquele líquido no fogo, mexendo com uma pá até secar e virar soda cáustica, misturava outros ingredientes, como por exemplo, pinhão socado, tripas de porcos etc. Então ficava pronto o sabão. Eu buscava água na fonte ou cacimba, bicas chafariz assim eram chamados, para todos os a fazeres. Eu moía cana no engenho, fazia garapa ( caldo de cana) para fazer café. Socava o café no pilão e depois que estava só os grãos verdes, então minha mãe torrava-os, depois de torrados voltava para o pilão novamente e virava o pó de café, aí, que iria tomar o saboroso café, este já estava até amargo de tanto trabalho. Ajudava colher milho, arroz, feijão etc. 

Eu brincava também. Quando íamos brincar de casinha, meu irmão Jorge (in memória) 1954-1990. Ele, dizia assim: Vou brincar também. Eu ficava tão feliz, porque a gente brigava muito, então quando dizia que ia brincar conosco, eu ficava muito feliz. Mas era só pegadinha. Depois do cozido pronto ele dizia assim: Deixa eu experimentar primeiro, quero ver se ficou bom nosso cozinhado. Fazia o prato dele e comia dizendo: Está uma delícia! Depois ele pegava um punhado de terra com folhas secas e jogava dentro da nossa sopa e saía correndo, rindo. E dizia: - Pensaram que eu estava brincando com vocês? Só ele comia.

 Às vezes até a natureza era contra mim. Eu cortava taboa, naquela época fazia muito frio e as mulheres dos fazendeiros faziam cobertores com penas de aves e paina, que era tirada da taboa. Então depois da paina seca, só colocar nos sacos e levar para vender; de repente vinha um vento forte e levava toda minha paina para os ares. Gostava de montar em cavalos, levava milho para fazer fubá. Atravessava a divisa do Espírito Santo com Minas Gerais. Em um certo dia estava descendo a Serra do Machado Minas Gerais, eu tinha uns 14 anos, no meio da Serra encontrei um homem tocando uma tropa de burros todos com cargas. O homem estava montado em um cavalo bonito e eu numa égua ( risos). O cavalo endoidou, quando viu a égua! A tropa espalhou, foi a maior algazarra que já vi nesta minha vida. O homem ficou com tanta raiva que deu-me duas chibatadas nas costas, com um chicote feito de couro de boi; quase morri de tanta dor! E ele disse: - Agora vai e conta para seu pai. Eu tenho uma conta antiga a acertar com ele, será desta vez o acerto de contas. Eu fiquei quietinha, não contei nada para meu pai. Minha mãe perguntou:- Que machucados são esses nas suas costas?-Eu, caí do cavalo (égua). E livrei meu pai daquele acerto de contas que eu nem sabia de quê se tratava. 

Minha mãe fazia fumo de rolo em casa, para vender, eu estava sempre junto fazendo fumo e levando fumo também; (risos) para vender. Minha mãe pegava o algodão, nós tirávamos os caroços batia-o com um arco que chamávamos de bodok, o algodão fiava igual uma neve, depois fiava na roca (fuso); eu também tinha meu fuso. Fazia uma bola bem grande de linha e depois ia fazer as peças de roupas. Fiz um casaco de crochê para meu irmão, eu tinha sete anos. 

Cresci. Em 1976, me casei para sair de casa, meu pai bebia muita cachaça (risos) e me batia atoa, por gostar de bater. Mas, o infeliz que se casou comigo, era um traidor, gastava o pouco de energia masculina na rua e não sobrava nada para mim (risos). Um dia o fraguei com uma mulher, na minha cama e vestida com a minha camisola, que comprei queria usa-la no meu barraco novo, tinha saído do aluguel em 1983. Ali tudo se acabou, o sonho de morar no barraco novo, acabou o casamento, uma grande reviravolta na minha vida, duas filhas pequenas Patrícia e Fabiana. Fui lutar para criá-las. Consegui graças a Deus! Casei-me novamente e ganhei mais filho e filhas. Sou mãe de cinco filhos, vó de oito netos e um bisneto. Filhos(as) Patrícia Cordeiro Justo Fabiana Cordeiro Bertolani Samuel Cordeiro Quéren Cristina Cordeiro e Cristiana Cordeiro Netos: Laryssa Cordeiro Justo Rafael Cordeiro Justo Gabriel Cordeiro Maria Vitória Cordeiro Sarah Cordeiro Miguel Cordeiro Davi Cordeiro Isaías Cordeiro Bisneto: Anthony Cordeiro Justo. Estes são; a minha riqueza. "Somei, multipliquei e dividi também na matemática da vida". 

Em 2013 editei o livro O SOL E A LUA, e tem alguns erros de portugês pelo fato de eu ter só a 4ª série primária de 1968. Uma amiga me falou, você precisa voltar a estudar, agora você já tem até livro... Disse: Eu venho te buscar hoje e você vai comigo à escola, leva uma foto e faz a sua matrícula. Eu disse: - Nunca consegui, por falta de prova que fiz a 4ª série! Ela - Agora você vai conseguir. Quando foi às 18:h, minha amiga veio me buscar, eu fui. Chegando lá, me fizeram a mesma pergunta... Cadê o seu Histórico Escolar? Novamente tento explicar tudo. Não tenho histórico, porque estudei no meio do pasto junto com as vacas, os burros que se coçavam no velho barraco de madeira quase derrubando-o. A professora Srª Elvira Luiza Deorce, foi paga pelo fazendeiro Sr Pedro Delbone, para dar aulas e os filhos dos colonos não ficassem analfabetos. Então, a moça da secretaria chamou a Diretora Luziane Bissoli e contou. Luziane disse: Faz a matrícula dela, (choro) de alegria. Em 2013 houve uma revolução na Escola Renascer em Padre Gabriel Cariacica-ES. Passei pela sala de alfabetização com sucesso, porque realmente eu havia feito a 4ª série. Ficaram maravilhados com os meus livros. Dois lançamentos dos livros, foram realizados na Escola E.M.E.F. RENASCER. "O SOL E A LUA", em 03 de outubro de 2013. É um livro de poesia, inspirado em um amor quase impossível. Lançamento do livro AMIGA DA ONÇA, realizado em 30 de novembro de 2014. É um livro de Contos e Prosas, em homenagem a natureza geral. A Divina, a humana e a animal. Recebi um apoio muito grande de toda equipe da Escola, Diretoria, professores, colegas e principalmente a professora Savia Maria Pessale. Terminei o Ensino Fundamental na Escola Renascer e fui para o Ensino Médio. E.E.E.F.M Dr José Moysés, em Bela Vista Cariacica-ES. Minha Formatura em 07 de julho de 2017. 

Em 2015, fiz um comercial de TV. Comemorando aos 62 anos da Viação Planeta. O Comercial está no site www.poesiafaclube.com 

Literatura:



 A Arte De Compor e Expor Escritos Artísticos - Prosas e Versos - Lenilson Fonseca. Minha participação com 6 poemas Títulos: QUARTO VERDE E CORTINA DE SEDA. MINHA VIDA. MEU AMOR. UMA FLOR CAIU. VIVO POR TI. O RELÓGIO NÃO PÁRA E O TEMPO PASSA. NADA DE WHATSAPP. Estão em * literaturaprosaseversos.com.br ANTOLOGIAS: MINHAS PARTICIPAÇÕES 1ª Antologia do poesia fã Clube 2013 Vários Autores. 2ª Antologia do Poesia Fã Clube 2014 Vários Autores. ANTOLOGIA 100 TROVAS SOBRE FUTEBOL. ANTONIO CABRAL FILHO. ANTOLOGIA 100 TROVAS SOBRE CACHAÇA. ANTONIO CABRAL FILHO. ANTOLOGIA 100 TROVAS SOBRE BANHEIRO. ANTONIO CABRAL FILHO. "TORRENTE DE PAIXÕES" ANTOLOGIA DE POESIA LUSÓFONA. Minha participação: EU AMO O AMOR! ANDORINHA. O AMOR É MÁGICO. Organização Isidro Sousa. SUI GENERIS ANTOLOGIA "Os Vigaristas". Minha participação: "ADEUS MEU DINHEIRO"! Organização Isidro Sousa. SUI GENERIS. "GRAÇAS A DEUS" Antologia de Natal (Uma Ação de Graças) Minha participação: "CARTA DE MEU IRMÃO ROCHA". Organização Isidro Sousa SUI GENERIS. ANTOLOGIA "SONS DO VENTO". Minha participação: Poemas: ANDORINHA. EU PRECISO IR AGORA. PROFESSORA MÃE (SAVIA MARIA). Edições Hórus. ANTOLOGIA "MAIS MULHER". Minha participação: Poemas: MULHER SEMENTE DE AMOR. MÃE MULHER VIRTUOSA. VIDA DE MULHER. A MULHER VIU JESUS PRIMEIRO. Edições Hórus ANTOLOGIA PETS COMPANHIA (Contos sobre nosso animal de estimação) Meu Conto: "A VIDA DE CYSSA" Organização Antonio Guedes Alcoforado. Editora Illuminare. Antologias que estão em projetos e já fui selecionada. 200 trovas sobre Rapariga- ANTONIO CABRAL FILHO. "Um Hino a vida". Minha participação poema: "UM BRINDE A VIDA DOS MEUS FILHOS"! Isidro Sousa Editora SUI GENERIS. "Histórias para dormir e sonhar". Minha participação: "Helena e o Boi Bravo". Ediçoes Hórus. PESSOA(S) Minha participação poemas: FERNANDO PESSOA E HETERÔNIMO. FERNANDO PESSOA. AMOR POR PESSOA. HOMENAGEM. Edições Hórus e Luzíadas. INTERCÂMBIO CULTURAL "PALAVRAS ESCRITAS DO BRASIL". Minha participação "ABERTURA DA COPA MUNDIAL 2014". Organização Jô de Mendonça Alcoforado. Sou Colunista na "NOSSA REVISTA CULTULITERARTE" Revista on-line Edições Hórus. DUETOS: Com 4 poemas no livro "FRAGMENTOS DUETOS" do poeta José João Murty. Fiz duetos com o Billy Brasil cantor e compositor. Gravaram músicas juntos, Billy Brasil e os saudosos... Antonio Marcos e Reginaldo Rossi. Os duetos com Billy Brasil se encontram no site www.poesiafaclube.com Como Representante Oficial no FESTIVAL 6 CONTINENTES, em 17 de outubro de 2015 e Lançamento do livro "A OVELHA PERDIDA FOI ENCONTRADA", (contos reais da minha vida). Realizado na SEME/ Auditório Antário Filho Secretaria da Educação. Situada na Rua da Lage nº 13 Bairro Itaquari Cariacica-ES. E, em 02 de outubro de 2016, apresentei a alta costura no FESTIVAL 6 CONTINENTES 2016. Eu gosto da cultura em geral. Músicas, gosto mais das antigas, sertanejas e de Roberto Carlos, todas as músicas. Porém, canto mais os Hinos de Louvores a Deus. Canto no dia a dia. É como dizem: "Quem canta seus males espanta". Animais: Gosto de todos. Em especial o gato. Amo a natureza, desde o mais simples inseto. É maravilhoso e complicado, todos tem que lutar pela sobrevivência. O sapo corre da cobra, a cobra corre do gavião etc. Mas, em meio a natureza o mais violento é o ser humano, um devora o outro. Lamentável! UMA VIAGEM ESPECIAL BRASÍLIA (DF). AVIÃO PELA PRIMEIRA VEZ. No dia 10 de dezembro de 2008 almoço no Senado estavam à mesa, o Sr Vicente Bonnard Presidente Emérito da Câmara de Comércio Brasil/Estados Unidos. O Sr Henrique Ministro e o Sr Coronel Heitor de Sousa, na época era assessor de José Sarney. O Sr Benedito o (Bené) Ministro e Margarett sua esposa, Sônia Barroso e eu. Este casal maravilhoso Margarett e o Ministro Benedito, que nos mostrava tudo e explicava pra nós; inclusive sobre uma "CADEIRA" vigiada que estava lá. Um silêncio era domingo, eu não sabia sentei naquela cadeira para tirar uma foto, não deu tempo nem de acomodar-me direito na cadeira, apareceram dois seguranças, mas a foto já tinha sido tirada. Eles disseram: Não pode sentar-se aí! - Desculpe, eu não sabia! Margarett disse: Desculpe-me não vi os guardas! Esta cadeira é realmente vigiada, porque nela sentaram: Dom Pedro 1º e Dom Pedro 2º, nela os "Presidentes recebem a Faixa Presidenciaria, quando são eleitos". Então sentei na cadeira do Pesidente. Em 11 de dezembro de 2008, jantamos com o Embaixador na época, o Sr Gorge Prata e sua esposa Miriam; o Sr Gilberto Amaral Jornalista de Brasília e sua esposa Mara, também Vicente Bonnard, Sônia Barroso e eu.


Em 17 de dezembro de 2008, almoço na casa do Jornalista Gilberto Amaral. Muita comida, já estávamos em clima de Natal a casa estava cheia, inclusive o Ministro Édison Lobão, na época era Ministro de Minas e Energias. O Jornalista Gilberto Amaral fez uma Matéria conosco e saímos no Jornal de Brasília (DF). Uma viagem inesquecível! Deus é Bom!
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3 comentários:

  1. Deus abençoe minha irmã Conceição Cordeiro! Abraços e A paz de Deus!

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  2. Obrigada Antônio Cabral Filho! Você me ensinou muita coisa. As Trovas, a minha Autobiografia, enfim... Não tenho palavras suficiente para agradece-lo. Abraços!

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